sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Immortals

Nova produção de Hollywood  mostra como não fazer um bom filme.
Prometi a mim mesmo que não iria criticar o "roteiro" do filme, mesmo por ainda não ter sido totalmente liberado, mas ele já entrega muita coisa:
Anos após a Titanomaquia, o Titã Hipérion (Mickey Rourke) declara guerra a humanidade. Ele busca o Arco de Epiro, uma arma lendária criada pelo deus da guerra, Ares, que o permitirá libertar o resto dos Titãs do Tártaro e trazer vingança contra os deuses do Olimpo, que causaram sua queda. De acordo com antigas leis, os deuses não tem permissão para assumir um lado na guerra entre Hipérion e a humanidade. Resta a Teseu (Henry Cavill), um pedreiro que jurou vingança pela morte de sua mãe em um dos ataques de Hipérion, para-lo. Enquanto vilas e mais vilas são obliteradas, uma Oráculo Sibilino, Fedra (Freida Pinto), tem visões perturbadores do futuro do jovem que a convencem de que ele é a chave para acabar com a destruição. Com sua ajuda, Teseu reúne um pequeno bando de seguidores e abraça seu destino em uma última batalha desesperada pelo futuro da humanidade.


De tão ruim, dá até vontade de assistir só para falar mal.
Como já abordamos antes os produtores americanos tem o maior medo de investir em filmes com novos conceitos, devido ao risco que isso pode trazer. E o que é mais seguro que investir em um filme com um bom referencial? Lógico um filme com dois bons referenciais. Neste caso os dois referenciais seriam: uma temática "mitológica" no estilo de "Fúria de Titãs" (que apesar de massacrada pela critica, teve bom resultado de bilheteria) e o visual de 300 (que foi razoável de bilheteria e teve boas criticas, devido principalmente as visual).
No caso de Immortals a mistura deu totalmente para trás. O filme parece o resultado da direção de um carnavalesco de escola de samba com a produção de um economista.
Ainda sem entrar no mérito do roteiro, é bom lembrar que cada época e sociedade tem suas idealizações de outros períodos históricos. Com certeza os vitorianos tinham sua idealização da Grécia mitológica, que é diferente da nossa e também da visão dos renascentistas. Mas para mim ficou a dúvida: Qual foi a base teórica adotada pelos roteiristas, figurinistas, etc, para compor a Grécia deste filme?
Quando vi o trailer tive que ir atrás de informações no Google, pois não tinha a menor ideia do que era o filme. Não sabia se ele se passava no passado ou no futuro. Não entendi nem mesmo se o cenário apresentado era a terra ou outro planeta. Para mim os figurinos lembram mais a Índia mitológica que qualquer outra civilização ocidental.
Dica: A não ser que queira assistir com fins humorísticos, passe longe. Promete ser uma das maiores bombas cinematográficas de 2011.

Publicado originalmente no blog A Marcha dos Lemingues.

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