sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Livros que Marcaram Nossa Infância

Que livros marcaram a sua infância?
O blog Meia Palavra fez uma lista com alguns livros que marcaram a infância de muita gente. Confira alguns títulos abaixo:
Duendes e Gnomos (Heloisa Prieto)
Um dos primeiros livros com mais palavras que ilustrações que lembro ter lido foi esse, aos 9 ou 10 anos de idade. Encontrei ele na biblioteca da minha escola, mas não naquelas idas semanais em que a bibliotecária colocava uma pilha de livros infantis em cima de uma mesa e escolhíamos um para levar para casa por uma semana. Na verdade, não lembro como encontrei ele, só sei que estava em uma estante por aí, não naquela pilha, e o tamanho do livro (56 páginas, muito mais do que qualquer outro livro que já tinham dado para mim) chamou a atenção. Tirei da estante, me sentei em uma das mesas redondas da biblioteca e comecei a ler lá mesmo. Duendes e Gnomos é uma espécie de guia de seres mágicos que habitam mundos fantásticos. Traz lendas de vários lugares do mundo e o mais legal é que ele tem um ar meio “macabro”, já que Heloisa não deixa de fora os seres que pendem mais para o lado do mal, e as histórias sobre eles eram as que eu mais gostava. Lembro que olhava por muito tempo cada ilustração, e como era um livro em que o texto importava mais, demorei um tempo para terminá-lo. Mas por que? Ora, porque não podia levar o livro para casa! Toda vez que ía até a biblioteca na hora de pegar um emprestado, eu não encontrava esse, era como se ele sumisse. Mas, felizmente, meu professor deixava eu ir até a biblioteca quando eu acabava os exercícios de outras matérias – principalmente matemática -, e assim consegui ler ele até o fim, e várias vezes.
Histórias do Japão, dos Alpes, das margens do rio Amazonas... as lendas recolhidas por Heloisa Prieto vêm de toda parte. Fruto de longas pesquisas literárias e iconográficas, Duendes e gnomos recria a figura dos antigos contadores de histórias, como Hans Christian Andersen. Traz também um conto sobre uma criança contemporânea que, por meio dos seres maravilhosos presentes nos video games, filmes e brinquedos, percebe aos poucos uma trama mítica em sua vida.
História sem Fim (Michael Ende)
Conheci a história do jovem Bastian Balthazar Bux através do filme de 1984, mas tão logo me deparei com o livro na biblioteca, tratei logo de amealhá-lo e devorá-lo. História sem Fim pode parecer a primeira vista uma ‘simples’ história de aventuras e fantasia, mas não se deixe enganar, ele é mais do que isso. Para além das aventuras empolgantes de Bastian com Fuchur, o dragão da sorte; Atreiú, o intrépido menino-caveleiro (como esquecer a morte do cavalo de Atreiú naquela cena memorável e sinistra do filme?), a Tartaruga-anciã ou a Imperatriz-Menina; História sem Fim lida com a fantasia e os contos de fadas como o desenrolar da imaginação das pessoas, como derivativos de sua capacidade de se encantarem com o mundo a sua volta e viajarem para outros através das histórias. O que nos vem como desencantamento, para Bastian, em sua saga, vem como o enfrentamento com o avanço do ‘nada’, a destruição de Fantasia pela racionalidade exagerada ou pela esterilidade do não-imaginar, não-criar, não-fabular. História sem Fim é daqueles livros que você certamente vai querer ter para poder ler para seu filho antes de dormir, uma história tocante que enleva desde pequeninos até os nem tão pequeninos assim.


Coleção “Os Karas” (Pedro Bandeira)
Durante minha infância e adolescência li poucos livros, geralmente por indicação, ou imposição, da própria escola. Para a minha surpresa e alegria, um desses livros foi “A droga da obediência”, de Pedro Bandeira. E foi com olhos vorazes que eu devorei a história dos cinco amigos e suas aventuras para desvendar os mais curiosos casos políciais. Estranho seria se eu não tivesse me encantado pela inteligência de Crânio, os disfarces de Calú, pela habilidade de Magrí todos eles liderados por Miguel. Mas o que eu mais queria era ser como Chumbinho, o caçula do grupo, e decifrar o código vermelho para usá-lo no dia-a-dia das aulas. Ou então encontrar um esconderijo tão interessante quanto o forro do vestiário do colégio Elite. As aventuras “dos Karas” dividem-se em cinco livros – A Droga da Obediência, Pântano de Sangue, Anjo da Morte, A Droga do Amor e Droga de Americana. Cada um deles contém uma aventura policial pela qual o grupo passará para desvendar um crime. Dos cinco, eu li os três primeiros, mas mesmo depois de mais velho fico instigado a ter e ler a coleção completa para relembrar minha infância e, quiçá, apresentar a leitura aos meus filhos.


Para ler a lista completa acesse: Livros que Marcaram Nossa Infância

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